Categoria: Artigos
Data: 29/09/2023
“Então, o rei profundamente comovido [...] chorou...” (2 Samuel 18.33)

Davi estava entre o filho rebelde e a nação amada, entre os soldados traidores e o seu exército fiel, travando a mais inglória batalha de sua vida. Nesse combate, Joabe mata Absalão e, Davi profundamente comovido, chora. O choro de Davi é inevitável. Nenhum pai celebra a morte de um filho. Nenhum pai vence uma batalha contra o filho e desfralda a bandeira da vitória. Essa foi uma vitória com gosto de derrota para Davi.

A nação fiel a Davi está em festa, e Davi, o rei, está em lágrimas. Mas, há outro componente nesse choro de Davi. A crise instalada na família de Davi durou onze anos, desde o estupro de Tamar até a morte de Absalão. Nesse tempo, Davi poderia ter dado outro curso aos acontecimentos. Ele falhou como pai e conselheiro. Foi passivo no trato com a família.

Não corrigiu Amnom quando desrespeitou sua irmã Tamar. Não consolou Tamar quando esta foi abusada por Amnom. Não aconselhou Absalão quando havia uma evidente percepção de que a relação entre Absalão e Amnom estava estremecida. Não perdoou Absalão quando este ficou três anos exilado e seis anos em Jerusalém sem comunhão com o pai. Davi declarou seu amor por Absalão tarde demais e chorou tarde demais. Fica o alerta: é melhor o choro do perdão do que as lágrimas do remorso.

Tags: cada dia

Autor: Rev. Hernandes Dias Lopes   |   Visualizações: 953 pessoas
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